A má alimentação combinada com a falta de atividade física regular faz
com que os vasos sanguíneos de indivíduos obesos se fechem com o passar
dos anos, levando até ao seu desaparecimento parcial, comprometendo de
forma significativa a microcirculação do fluxo sanguíneo. Estudo realizado em parceria pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) observou que a
obesidade prejudica a função microvascular o organismo. Dependendo do
excesso de gordura, os microvasos podem entupir e ‘secar’, gerando pane
no sistema circulatório responsável pelo transporte e distribuição do
sangue nos tecidos e órgãos. Os resultados apontam que a obesidade traz
impactos para a microcirculação sanguínea da pele retroalimentando a
própria condição de sobrepeso.
“O mais interessante deste estudo é que essas alterações na
microcirculação do sangue estão envolvidas, na origem, no que chamamos
de lesões de órgãos-alvo [coração, cérebro e rins], ocasionando
complicações nestes órgãos nobres do nosso organismo. Esta alteração
pode conduzir a uma degeneração, ocasionando insuficiência cardíaca,
renal e lesões cerebrais ao longo do tempo. Isto é importante do ponto
de vista da prevenção epidemiológica”, explica.
Um complicador
O estudo foi além: comparou os impactos da obesidade sobre a
microcirculação vascular entre indivíduos que possuem e indivíduos que
não possuem síndrome metabólica. A circunferência do abdômen é a principal forma de
mensuração da síndrome metabólica. Quanto maior a circunferência,
maiores as chances do surgimento de doenças cardiovasculares.
“Detectamos que os pacientes obesos que tinham síndrome metabólica
possuíam muito mais problemas na microcirculação do que em pessoas
obesas sem a síndrome”, conta Tibiriçá. Participaram da pesquisa 45
pacientes entre 30 e 45 anos com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30
e 40 kg/m2 num grupo de 288 indivíduos com diferentes graus de
adiposidade.
A rotina de exercícios físicos é fundamental para controle de peso e deve
ser mantida para uma melhoria das condições de vida dos indivíduos. “As
recomendações são clássicas e incluem atividade física regular e de
intensidade moderada associada a mudanças de hábitos alimentares.
http://portal.fiocruz.br/pt-br/node/4555
Priscila Santiago
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