Características físico-químicas das proteínas de gergelim
As
características físico-químicas das proteínas de gergelim em
amostras foram estudadas, as quais foram extraídas com solvente
(hexano) até um conteúdo de óleo menor do que 1%. A fração
grossa foi classificada como fração corticada e o pó fino como
fração descorticada. Foram feitas as análises de umidade,
proteína, cinza, óleo e fibra crua, bem como estudadas as
características de solubilidade em meio aquoso e em diferentes
faixas de pH. Encontrou-se que a menor solubilidade das proteínas
está em pH de 4,5-4,7, aumentando com o aumento de acidez e da
alcalinidade. Observou-se que a solubilidade das proteínas de
gergelim,
em diferentes soluções salinas, é baixa na zona de pH inferior a
4, aumentando até um máxima no pH 9,0. Extrações, usando-se
diferentes relações de farinha:solvente, demonstraram que a mais
eficiente na extração de proteínas do gergelim é a relação de
1:15 (p/v). Determinou-se que o efeito do tempo de extração, na
solubilidade das proteínas, apresentou-se ótimo em torno de 30
minutos. Também demonstrou-se que ao aumentar a temperatura ate 60°C
aumenta a solubilidade das proteínas, logo diminuindo, possivelmente
pela parcial desnaturação das mesmas. Por eletroforese em pe1icula
fina de acetato de celulose foi possível a separação de 5 tipos
diferentes de proteínas. Por e1etroforese em gel de SDS (dodecil
sulfato de sódio) poliacrilamida foram separadas oito frações de
proteínas determinando-se os respectivos pesos molecu1ares e
encontrando-se um máximo de 65.000 e um mínimo de 17.000.
Estabelecidas as condições de máxima e mínima solubilidade,
aproximadamente 90% do nitrogênio solúvel foi extraído com as
soluções salinas a pH 8,0 a
temperatura ambiente. As soluções aquosas a pH 8 apresentaram um
efeito menor para a extração das proteínas. As proteínas foram
isoladas por extração a pH 8 e precipitação a pH 4,5-4,6.
Logrou-se a obtenção de um concentrado protéico com
aproximadamente 50% de proteínas e um isolado com cerca de 80% de
proteínas. Também foi estudada a digestibilidade enzimática com
pepsina e pancreatina, do isolado, concentrado e a fração
descorticada, encontrando-se até 95% de digestibilidade, o que
representaria um material pratico para o consumo humano.
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000047858
Priscila Santiago
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